Tempo de leitura: menos de 1 minuto
Enem passará a fazer parte de critérios de avaliação do ensino superior.
O Enem ,Exame Nacional do Ensino Médio, integrará a avaliação de cursos e de instituições de ensino superior. As notas do Enem servirão como marco zero da avaliação do estudante, que será feita também no final do curso. O novo modelo faz parte de uma série de alterações nos critérios de avaliação do ensino superior que estão sendo desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Em coletiva a imprensa, no Ministério da Educação (MEC), a autarquia anunciou que criará o chamado Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que será calculado com base na comparação dos resultados dos estudantes no Enem, quando ingressam nos cursos, e no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado no último ano da graduação.
Ao contrário do Enade, necessário para que o estudante receba o diploma, o Enem não é um exame obrigatório. O MEC acredita, no entanto, que este não será um problema, uma vez que a maior parte dos estudantes que ingressa no ensino superior atualmente faz o exame, mesmo que não o utilize como forma de ingresso.
O Inep pretende também revisar o Enade. Hoje as notas são calculadas por comparação com o desempenho de outros cursos. A autarquia quer criar níveis de proficiência para medir o desempenho dos alunos. questão.
Hoje o ensino superior é avaliado de acordo com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Enade, feito pelos estudantes, tem o maior peso nas avaliações e corresponde a 70% do chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC), que por sua vez é usado no cálculo do Índice Geral de Cursos (IGC). Para cada um dos índices há um conceito mínimo, se o curso ou a instituição não atinge, sofre sanções e pode até deixar de funcionar.
O Inep pretende substitui o atual CPC pelo Índice de Desempenho dos Cursos, que levará em consideração as mudanças no Enade. O índice vai considerar ainda as taxas de conclusão, permanência e desistência dos estudantes, além do desenvolvimento dos professores. Serão consideradas as titulações dos docentes, o regime de trabalho e a permanência deles nos cursos de graduação.
Já o IGC será substituído pelo Índice de Desempenho Institucional, que vai considerar, entre outros indicadores, as atividades de extensão desenvolvidas pelas instituições de ensino.
A composição dos indicadores e os pesos de cada uma das avaliações ainda serão definidos pelo Inep. Caso aprovado, a reformulação poderá começar a valer ainda este ano no Enade. O grupo de trabalho que discute a avaliação da educação superior inclui além do Inep, secretariais do MEC, representantes de instituições públicas e privadas, Conselho Nacional de Educação, entre outras entidades.
Maiores detalhes http://www.mec.gov.br/.
Fonte : Agência Brasil