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Ainda apenas suplente de vereador do Recife, a médica Vera Lopes (PPS) assumirá o mandato como titular, com a saída de Josemi Simões (PHS). A vitória da pós-comunista se deve a um recálculo realizado, ontem, pela 9ª Zona Eleitoral, depois que os votos obtidos, em 2008, por Josias Amaral (2.127/PHS) e Ronaldinho (3.058/PTC) foram anulados. A nulidade ocorreu depois que os processos envolvendo a impugnação dos referidos registros de candidaturas transitaram em julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF), respectivamente. Diante da publicação dos acórdãos na semana passada, o juiz da 9ª Zona, Fábio Eugênio, cumpriu a decisão de retotalizar os sufrágios no Recife.
“Obrigatoriamente, tivemos que gerar um relatório de totalização. Quando fizemos a inserção dos dados no sistema, ele mostrou a alteração: Josemi saindo e Vera Lopes ocupando a vaga”, explicou a chefe do cartório eleitoral, Andrea Paula de Moraes. Segundo ela, a data da diplomação ainda não esta definida, mas assim que o juiz conceder o diploma, a Câmara será informada para dar posse a Vera Lopes.
Há sete meses, a pós-comunista, que obteve 5.441 votos, esperava por essa conquista. “Demorou, mas a gente está aí com a nova representante do gênero feminino na bancada do batom, lutando pela saúde’, comemorou Vera, que é médica e pretende levantar a bandeira da Saúde, além de engrossar a trincheira de oposição na Casa.
De acordo com o advogado de Vera, Marcelo Gadelha, o número total de votos da coligação, após a recontagem, ficou em 841.965 e o coefiente eleitoral teria sido de 22.756. Na prática, com a recente retirada dos votos de Josias e de Ronaldinho, prejuizo agravado pela perda anterior dos sufrágios de Izaias Leal, o PHS perde uma das atuais quatro cadeiras.
Sentindo-se “injustiçado”, Josemi Simões – que obteve 4.403 votos – avisou que recorrerá. “Não está certo ainda não. Ninguém vai assumir o meu lugar agora”, avisou. Como precaução, Josemi entrou com uma medida cautelar no TSE, no último dia 6, pedindo para que fosse suspensa a decisão porque ele pretendia recorrer para o Supremo. No entanto, já existe decisão do ministro Arnaldo Versiani negando seguimento a cautelar